segunda-feira, 26 de outubro de 2009

História breve da vivência com a minha gatinha Doroteia!!!


A minha “gatinha” de seu nome Doroteia raça persa entrou na minha vida no dia 13 de Outubro de 1995, tinha então 3 meses e 5 dias. Foi um dia memorável em que iniciei toda uma aprendizagem de vida com um animal em casa, os cuidados a ter com a alimentação, higiene e saúde. Os utensílios a ter, a caixa das necessidades fisiológicas e a respectiva areia absorvente, a transportadora, a cama e respectiva manta, o pente, a tesoura, a pirâmide, e os brinquedos.
No dia que ela chegou foi tudo muito estranho, havia mais um ser em casa, sobre o qual eu desconhecia o comportamento. É claro que tinha sido minimamente instruída pela criadora previamente de que não era difícil ter a Doroteia, bastava ter a caixa sempre limpa, comida e água limpa, e escová-la diariamente, tudo o resto seria a própria gatinha a ensinar-me. De facto assim se tem confirmado pela vida fora.
O quanto é gratificante viver com ela tenho aprendido cada dia que passa, o amor incondicional que ela dá é difícil descrevê-lo, tentarei descrever algumas situações vividas ao longo destes anos tentando demonstrar e assim identificar sentimentos, experiências, preocupações, tristezas e alegrias.
Tinha a Doroteia nove meses, quando caiu de um quarto andar. Queda essa da qual sobreviveu sem partir nada, tendo ficado assustada e traumatizada psicologicamente, nessa altura o Médico Veterinário que a assistia apelidou-a de “gatinha pára-quedista”. Ao cair mordeu a língua na qual ficaram dois “furinhos” que lhe dificultavam a ingestão de alimentos, durante algum tempo foi alimentada com “Blédines” dos bebés e leite específico para ela que lhe ministrava com uma seringa. Deveu-se esta queda ao grande interesse da Doroteia por pássaros. A nossa vizinha do lado tinha imensos periquitos que cantavam imenso e isso claro aguçava-lhe a curiosidade, foi nessa tentativa de ir à varanda da vizinha que se deu a queda.
A primeira grande experiência que tive dela tentar dizer-me algo importante e eu não entender foi, mais ou menos três dias antes da minha mãe falecer, ela procurava consecutivamente encontrar os meus olhos colocando-se ao meu nível, emitia um miado longo com o olhar fixo em mim, apenas uma vez voltou a acontecer com muito menor intensidade, quando iniciámos as nossas idas à casa que herdei onde a minha mãe habitava e onde faleceu, até hoje não voltou a fazê-lo. Pode ter sido um aviso ou não, fica a dúvida, mas quem me dera tê-lo entendido, podia ter sido a diferença entre a vida e a morte... é algo que nunca saberei! Nessa altura o nosso apego aumentou de uma forma indescritível e natural, é que a Doroteia ao aperceber-se da minha dor e sofrimento procurava estar sempre por perto e fazer-me interagir com as brincadeiras dela ou simplesmente pedir “festinhas” às quais ela me brindava com o seu fabuloso “ronrom”. Segundo o meu marido o meu primeiro sorriso após o falecimento da minha mãe arrancou-mo a Doroteia sem qualquer dificuldade, ele não o tinha conseguido.
Tudo na minha vida passou a ser determinado pensando sempre na Doroteia, se vou de férias, de fim-de-semana, viagens (ou outra situação que não me ocorre agora), também tenho que pensar nela, se pode ir, se pode ficar em casa (isto no caso de serem um ou dois dias). Quando fomos à Holanda que foram 15 dias, e uma das idas a Espanha também por 8 dias, ficou em casa, foi uma prima minha que todos os dias lhe foi dar comida e água fresca, bem como limpar-lhe a “caixinha” e alguns mimos. Correu muito bem, mas quando voltámos estava muito aborrecida connosco, certo é que lhe passou rápido tal a alegria de nos ver. Viagens para a família e/ou amigos vai sempre connosco, adora viajar de carro, porta-se lindamente… Hoje em dia todos sabem que temos a Doroteia, quando nos convidam dizem-nos logo, tragam a Doroteia, é um membro da família.
A cumplicidade diária com a Doroteia é constante, ao fim destes anos entendo quase todos os seus miados se são a pedir comida, a pedir mimos, zangada, triste, a pedir brincadeira… são uma infinidade de maravilhosos sons. De manhã quando vou sair para o emprego especialmente a seguir a um fim de semana, a Doroteia coloca-se em pé junto à porta da rua a miar muito zangada por eu ter que ir embora, só a despisto após lhe dar algum brinquedo para que se ocupe e eu possa sair. Há algum tempo o Dono iniciou um trabalho que o obriga a estar afastado de casa quinze dias, as primeiras vezes que ele saiu, a Doroteia para além de miar “tristinha”, dormia junto à porta de entrada de casa, há hora que seria de o Dono chegar lá estava ela à porta e ia olhando para mim e para a porta como que a questionar, então o Dono não vem? Quando ela acha que são horas de ir para a cama, senta-se à porta do quarto a chamar-nos, se não vamos vai e vem do quarto à sala sempre a chamar-nos. Quando quer brincadeira (há sempre bolinhas saltitonas e outros brinquedos espalhados pela casa), lá vai ela buscá-los e coloca-os aos nossos pés, mia olhando para nós e com a patinha vai-nos fazendo interagir, quando se cansa de brincar esconde-os, mas não se esquece onde estão, se não lhe consegue chegar porque estejam debaixo de algum móvel inacessível fica lá a espreitar e a olhar para nós, como que a dizer, ajuda-me vai lá tirá-lo.
No inicio do ano de 2007 iniciaram-se alguns problemas com a saúde dela, um tumor mamário que a levou a uma grande cirurgia a 27.02.2007, foi-lhe retirada uma cadeia mamária o útero e os ovários, correu muito bem. Foi na Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa com a Dra. Lisa e toda uma equipa fantástica, a cirurgia demorou 45 minutos, duas horas depois fui vê-la, é surpreendente a capacidade de sobrevivência e luta do meu animal, lá estava ela na sua “boxe” na sala de recobro (onde haviam outros animais, cada um na sua “boxe”), com o soro na pata direita, um colar (ou funil) à volta do pescoço e toda ligada desde as patas dianteiras até às traseiras, mas lá estava ela de pé agarrada às grades a miar para mim, como se me dissesse, leva-me para casa. Claro que ficou muito triste e eu também quando vim embora e a deixei lá, mas teve que ser. A recuperação correu muito bem, basta agora ser vigiada todos os meses em casa por palpação, e a cada 12 meses fazer exames de rotina. Pior é que no dia em que fomos saber o resultado das análises aos tecidos retirados, a Doroteia apanhou frio que resultou numa otite no ouvido interno que lhe provocava grandes desequilíbrios, em três semanas houveram visíveis melhoras, durou cerca de três meses, tendo levado injecções diariamente. A Dr.ª Maria João Fraqueza e todas as médicas da mesma clínica que a assistiram foram unânimes em afirmar que o processo iria ser demorado mas que iria ser curada. Assim foi. Não baixámos os braços à luta, eu e a Doroteia essencialmente, mas o Dono, que não está cá, telefonava diariamente a saber da “fofa”. Cuidei e cuidarei dela sempre com muito amor e dedicação, afinal tem sido uma amiga e companheira que espero continue a ser por mais algum tempo. Proporcionei-lhe e continuarei a proporcionar o melhor que sei e posso, a Doroteia merece tudo!!!
Tudo tem corrido bem com a saúde da Doroteia, estamos em Outubro de 2009, surgiu uma infecção urinária e bexiga acompanhada de inicio de insuficiência renal... andamos em recuperação, mais uma vez por uma fabulosa equipa de médicos na Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa...
A Doroteia continua a demonstrar ser uma LUTADORA!!!
A Doroteia foi, é, e será sempre uma grande alegria na nossa vida!!!
Posso afirmar por mim e pelo Dono. Ambos partilhamos os mesmos sentimentos pela nossa maravilhosa “gatinha”.

Muito haveria para contar sobre esta partilha de nossas vidas, ficará para uma próxima oportunidade…

Abençoado o dia em que a Doroteia entrou na minha vida!!!

NOTA: No topo, algumas das milhares de fotos que comprovam a sua beleza!!!

"Estalão"

Aspecto geral: tamanho médio a grande. Tipo brevilíneo, de corpo maciço. Os membros são curtos. A pelagem é muito comprida. Porte aristocrático, majestoso. Peso de 3,5kg a 7kg.

Cabeça: redonda, maciça, abobadada. Crânio muito largo e redondo. Testa arredondada. Bochechas redondas, cheias. Maçãs fortes e proeminentes. Nariz curto e largo, às vezes ligeiramente revirado. Break marcado entre os dois olhos. Focinho curto e largo. Queixo forte, cheio, bem desenvolvido. Mandíbulas largas e fortes.
Orelhas: Pequenas, arredondadas na ponta, muito espaçadas. Não muito abertas na base, bem peludas no interior.
Olhos: grandes, redondos, bem abertos, espaçados. A cor intensa e profunda corresponde à da pelagem (ouro a cobre para todas as cores; verde nos Chinchila, silver e golden; azul nos colour-point; odd eyed (um olho de cada cor) em alguns brancos), Normalmente, nessa raça a cor branca associada a presença de olhos azuis está geneticamente relacionada a problemas de audição no animal. Os gatos brancos com apenas um dos olhos azuis podem ser surdos de um ouvido apenas, enquanto que os espécimes com ambos os olhos azuis acabam não ter nenhuma audição.
Pescoço: curto, forte, bem musculoso.
Corpo: de médio a grande, maciço (cobby), potente. Gola larga, peito profundo; ombros e ancas de mesma largura. Dorso largo e curto. Abdómen curto. Ossatura curta e maciça. Musculatura firme e bem desenvolvida.
Patas: curtas, fortes, paralelas. Ossatura potente, musculatura bem desenvolvida. Pés largos, redondos, e fortes. Longos tufos de pêlos entre os dedos.
Cauda: curta, proporcional ao corpo, guarnecida de pêlos muito longos, formando penacho. Ela se mantém muito baixa. • Pelagem: pelagem de uma grande fineza com um pêlo e um sub pêlo alongados. Pelagem densa, sedosa e longa em todo o corpo (em média 10cm e até 20cm de colar).
Cores: a este gato é permitida uma vasta gama de cores, todas são reconhecidas, embora os mais comuns sejam os brancos.

Notas: Cruzamentos autorizados com Exotic Shorthair (Resulta em Persa de pêlo curto).

Temperamento e Curiosidades

Gato charmoso, afável, brincalhão e acima de tudo cativante, este felino de pêlo longo, denso, macio de uma beleza inigualável, tem conquistado admiradores em todo o mundo, satisfaz-se perfeitamente com uma vida em apartamento. Sociável, pacífico, nunca agressivo, carinhoso e muito afectuoso, manifesta um forte apego ao seu dono. Vive facilmente com os seus congéneres, cães e crianças. Em relação aos estranhos mostra-se mais distante. Para o seu equilíbrio, precisa de uma vida tranquila. Suporta a solidão. Os seus miados são raros e discretos. A maturidade é alcançada aos 2 anos de idade. A sua puberdade é tardia (por volta dos 12 meses). Baixa prolificidade e parto difícil. A predisposição às bolas de pêlo é relacionada com a natureza do seu pêlo. A higiene (escovação, penteado e banho) é uma obrigação não desprezível. O comprimento dos pêlos favorece a formação rápida de nós e de mechas. Portanto, é imprescindível desembaraçar a pelagem todos os dias. A muda ocorre na primavera e no verão. Uma cabeça larga e redonda, e uma face achatada fazem com que o gato tenha um comportamento específico para comer. O seu característico focinho achatado marca a diferença em relação às outras raças, que por regra têm o focinho bem mais afilado. Os olhos choram frequentemente, devem ser limpos regularmente.

A Raça mais célebre do Mundo História e Proveniência

A história dos gatos persas é bastante antiga, como o nome indica, com origem na antiga Pérsia (actual Irão), de lá foram importados os primeiros antepassados. Os gatos de pêlo comprido eram desconhecidos na Europa até ao século XVI. É no século XVII que Pietro della Valle, após inúmeras viagens ao Próximo e Médio Oriente menciona a existência de gatos de pêlo comprido nessas regiões acabando por trazer da província de Chorassan alguns dos referidos animais para Itália.

Mais tarde, Nicolas Fabri de Peiresec, conselheiro no Parlamento de Aix-em-Provence, trouxe gatos da Turquia para a França. Estes gatos foram muito apreciados pela aristocracia europeia. Luis XV possuía um Persa angorá branco. Na primeira metade do século XIX alguns “Persas” criados na Itália foram introduzidos na França e na Inglaterra tendo sido cruzados com “Persas” de origem turca. Os primeiros indivíduos foram expostos no Crystal Palace de Londres em 1871. Nesta época, foi organizado um programa de criação e de selecção pelos criadores britânicos. Foram realizados cruzamentos com gatos Angorá para melhorar a pelagem. Além disso, foi empreendido um trabalho sistemático para aumentar a gama de cores e de motivos resultando actualmente em mais de 200 variedades. Desta forma, o Persa smoke ou fumaça foi exposto em Brighton em 1872. O gato “Silver” foi o primeiro Persa Chinchila exposto em Londres em 1888. Os persas colour-point, chamados Himalaia nos Estados Unidos e considerados como uma raça à parte pela T.I.C.A. (The International Cat Association) e kmehr (ou kmer) na Alemanha, apareceram por volta de 1920. Os Persas tabby, surgidos há mais de um século, foram expostos em Paris em 1927 sob o nome de “tigrados”. Ainda no século XIX, os ingleses seleccionaram os gatos mais maciços e mais redondos. Nos Estados Unidos, por volta de 1930, os criadores obtiveram um tipo brevilíneo extremo, baptizado de “Peke Face” (cara de pequinês). O persa, é sem dúvida a raça mais célebre do mundo, participou provavelmente na criação do Gato Sagrado da Birmânia e do British Shorthair, sendo por isso vulgar encontrar um persa com outra denominação.

sábado, 29 de agosto de 2009

Gatos e crianças

A oportunidade de crescer com gatos dá às crianças lições inestimáveis sobre o amor, responsabilidade e respeito pelos animais. Contudo, para que isto se verifique é preciso que os donos mantenham sempre a criança e o gato sob supervisão.
Os gatos não são animais agressivos ou brutos e geralmente convivem bem com uma criança. Um gato equilibrado prefere afastar-se e recolher-se para o seu sítio seguro do que atacar. Habituar gatos a crianças e vice-versa não é uma tarefa complicada desde que use o senso comum e se mantenha alerta quando os dois estão juntos.
Novo gatinho e crianças pequenas
Crianças até aos 24 meses
Nesta altura não é aconselhável trazer um novo gato para casa. Isto porque no primeiro ano as crianças exigem muito trabalho e pouco tempo deixam para os pais para ensinarem ao novo gato as regras da casa e habituá-lo à nova família. Um novo gato vai exigir mais tempo do que um gato que já está acostumado a estar nessa casa. Pondere bem a situação antes de adoptar um gato pequeno quando tem um bebé em casa.
Entre os 12 e os 24 meses, as crianças começam a caminhar. São demasiado activas, brutas e descuidadas e ainda não sabem como lidar com um gato. Se o animal não estiver familiarizado com a criança, esta não é a altura ideal para o fazer.
Crianças a partir dos 24 meses
As crianças com 2 ou mais anos já começam a aprender regras e podem ser ensinadas a lidar com o gato. As crianças sem regras facilmente abusam do animal, puxando o rabo, as orelhas, abraçando, batendo e empurrando com demasiada força. Os gatos não gostam deste tipo de abusos e até o mais meigo pode responder bufando ou arranhando.
Com o tempo, as crianças começam a desenvolver laços com o gato e mostram-se geralmente interessadas em tudo o que lhe diz respeito: pedem para alimentar o gato, para o escovar, etc. Deve encorajar este tipo de interesse e manter todas estas tarefas supervisionadas. Não se esqueça que, embora deva encorajar responsabilidade nas crianças, estas nunca devem ser as principais guardiãs de qualquer animal. Só os pais têm maturidade suficiente para garantir o bem-estar de um animal.
Novo bebé e gato da casa
Não há necessidade de dar o gato só porque está à espera de um bebé. É perfeitamente possível viver com os dois em casa e manter a harmonia. A principal preocupação que deve ter em relação ao gato é manter algum tempo diário em que se concentre apenas na sua relação com ele: seja a brincar, a dar festas, escovar, etc. Lembre-se que para os animais é mais fácil habituarem-se gradualmente a passar menos tempo com o dono do que habituarem-se a uma nova casa. Estabeleça algum tempo para o gato e faça disso uma regra. Pode até aproveitar esse tempo para relaxar.
Os gatos adultos podem conviver pacificamente com bebés, desde que supervisionados. Um gato que já esteja habituado à casa prefere refugiar-se a entrar em confronto, isto mesmo quando o bebé começa a gatinhar e a aprender a andar. Contudo, a supervisão é requisito essencial. As crianças não devem ser deixadas sozinhas com qualquer animal.
Existem algumas coisas que pode fazer para habituar o gato à vinda do novo bebé:
- Impedir o gato de entrar no quarto onde vai ficar o bebé;
- Criar um pequeno espaço onde possa brincar com o gato sem o bebé por perto. Habitue o gato a estar consigo nesse espaço antes da chegada do bebé;
- Reduzir gradualmente o tempo disponível para o gato, para o preparar para a chegada do bebé
- Não deixar o gato aceder ao berço, mas permita que ele o explore, cheirando.
- Tente ter sempre meia hora do dia que possa dedicar completamente ao gato. Desta forma vai conseguir evitar com que o gato entre em stress e apresente comportamentos indesejáveis
- Sempre que o bebé esteja na presença do gato, recompense o gato, para que ele associe o bebé a aspectos positivos.

As Actividades do Gato

Os gatos passam mais de metade das suas vidas a dormir, mas o que fazem no resto do tempo? As actividades que desenvolvem são diversas e expressam bem os instintos aguçados deste felino.
Higiene
Os gatos são reputados por serem animais limpos. Os cuidados com o pêlo ocupam os gatos durante horas. Lambendo exaustivamente o pêlo, a língua dos gatos é áspera e adere bem a pêlos e sujidade, os gatos mantém-se limpos. A saliva é na verdade, um poderoso agente de limpeza. Devido ao cuidado extremo com a pelagem, os gatos formam bolas de pêlo no estômago que depois podem vomitar.
Em termos de limpeza com a eliminação de urina e fezes, é difícil ser mais asseado do que o gato. Para evitar que os predadores consigam descobrir o seu cheiro, os gatos não espalham as suas necessidades, antes concentram-nas todas num só local: a caixa de areia. Para além disso, também é comum o gato atirar areia ou substrato da caixa para cobrir as necessidades e disfarçar assim ainda melhor o seu cheiro.
Brincar
Os gatos são animais brincalhões, especialmente enquanto jovens. É a brincar que os gatos aprendem como caçar, lutar e conviver em harmonia com outros gatos. Geralmente estes felinos têm dificuldade em resistir a objectos pendurados que baloicem ou a caixas, sacos e cartões.
Lutas
Os gatos competem entre eles por território, fêmeas ou dominância.
Para intimidar o adversário e aparentarem ser maiores, os gatos arqueiam as costas e eriçam o pêlo, mostrando também os dentes e as unhas. Os gatos mais novos aprendem este comportamento enquanto brincam, por isso em alguns casos, não se está a iniciar uma luta, mas sim a aprender a lutar.
As lutas entre gatos geralmente não são tão violentas como as dos cães. Muitos gatos dão sinais de que estão dispostos a lutar, mas acabam por fugir. Os gatos lutam dando bofetadas no focinho uns dos outros ou mordendo. O perdedor raramente se põe numa situação de perigo de vida e opta por fugir com alguns arranhões e mordidas, sobretudo nas orelhas e focinho. Contudo, se não forem tratadas, estas podem infectar e levar a complicações mais sérias.
Reprodução
Na época do cio, os machos e as fêmeas alteram completamente os seus comportamentos. Os machos tornam-se mais agressivos e territoriais, marcando a casa e imediações com urina. As fêmeas vocalizam dia e, sobretudo, noite para captar a atenção dos machos.
Os machos lutam entre eles para conquistarem o direito de acasalar com a fêmea. A fêmea é geralmente relutante durante um certo período, mas acaba por aceitar o macho que se revelou mais forte. Depois do acasalamento, a fêmea lava o pêlo e só permite que haja repetições depois de completar a sua higiene. Se o macho se mostrar insistente, a fêmea pode responder com agressividade.
Arranhar
Os gatos têm garras retracteis que empunham quando necessitam. As garras precisam de manutenção, tal como as unhas de um humano. Os gatos arranham por dois motivos: para desgastar as garras, impedindo que cresçam demasiado e também para exercitar o músculo responsável pela exibição e ocultação das unhas.
Trepar
Os gatos não perderam o gosto pelas alturas que partilham com a maioria dos felinos selvagens. O instinto de trepar para locais altos é explicado de várias formas. Há quem defenda que se trata de obter uma posição estratégica para a observação do território. Outra teoria salienta que os locais altos são utilizados pelos felinos para se esconderem antes de um ataque e apanharem assim a presa desprevenida. E há ainda quem diga que, por funcionar como esconderijo, os locais altos dão aos gatos uma sensação de segurança.
Conviver
Os gatos convivem pacificamente com os humanos, devido aos milhares de anos de companheirismo. Apesar da opinião pública considerar que os gatos são todos iguais, a verdade é que estes felinos têm personalidades diversas, alguns muito dependentes dos donos, outros mais ariscos. Conforme o temperamento de cada indivíduo, os gatos gostam de ser acariciados e dormitar no colo dos donos.
Os gatos não são animais de “matilha” como os cães. São animais solitários, que caçam para si, ou no caso das fêmeas, também para as crias. Podem contudo viver inseridos em colónias ou habitar a mesma casa com outros gatos, cães, etc. Mas devido ao seu territorialismo, cada gato estabelece o seu espaço deixando zonas neutrais de coabitação.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Proteger o gato do calor

Os gatos são animais que gostam do sol.
O lugar preferido dos gatos é geralmente num local quente e solarengo, mas o sol traz malefícios e o perigo de um golpe de calor ou queimaduras é real. Os gatos procuram muitas vezes os locais mais quentes para se aconchegarem e dormirem uma sesta, o que dá aos donos a sensação de que os gatos são animais que sofrem com o frio, mas não com o calor. Na verdade, os humanos toleram melhor as altas temperaturas do que os gatos. Não só porque não temos uma camada de pêlo que nos aquece nos dias de verão, mas porque somos capazes de regular a temperatura do nosso corpo com alguma facilidade através do suor. Os gatos só suam através das almofadas das patas, o que faz com que dependam da respiração para baixar a temperatura do corpo: expelem ar quente e inspiram ar mais fresco. Quando aquecem demasiado, os gatos aumentam o ritmo e arfam. Outro mecanismo que os gatos utilizam é espalhar saliva pela pelagem, molhando-a e tornando-a mais fresca através da evaporação. Contudo isto só resulta quando a temperatura do corpo não está próxima da temperatura do ar.
Golpe de calor
O golpe de calor pode causar ataques, coma ou morte e por isso não deve subestimado. Como os gatos utilizam a respiração para arrefecer o corpo, os felinos com problemas respiratórios ou de focinho achatado são mais susceptíveis a um golpe de calor. Os persas são, por exemplo, uma raça que deve ser bastante vigiada nos dias mais quentes. A melhor forma de prevenir o golpe de calor é dar ao gato acesso a sombras no exterior e ter sempre água fresca para consumo.
Sinais de hipertermia
- Arfar
- Gengivas passam de cor rosa para vermelho forte
- Vómitos
- Diarreia
- Letargia
- Temperatura alta
- Ataques
- Lábios azulados
Se o dono apertar com dois dedos o cachaço do gato e este se mostrar menos flexível do que o normal, ou seja, mais rígido, é porque o gato está a ficar desidratado.
Queimaduras solares

O gato também pode apanhar “escaldões” se permanecer demasiado tempo ao sol. Os gatos de pelagem branca ou os gatos albinos são mais susceptíveis aos raios solares e devem ser impedidos de apanhar sol nas alturas mais quentes do dia. Os gatos de orelhas brancas estão também mais expostos do que os gatos com uma pelagem com mais pigmentação. Está provado que a exposição desprotegida da pele aos raios solares pode provocar cancro, isto não só nos humanos, mas também nos animais. As orelhas e o focinho são as zonas mais sensíveis do gato, pois a pele é mais delicada e o pêlo mais fino. Tal como os humanos, os gatos também podem adormecer ao sol e só sentir a queimadura quando já é tarde demais.
Prevenção
Aplique protector solar indicado para gatos e impeça o gato de sair para o exterior nas horas de maior calor, das 11h00 às 16h00, nos dias de maior calor. Os gatos têm ainda a oportunidade de aproveitar o sol da manhã e do fim de tarde.
Acesso a sombras e água fresca é sempre indispensável para qualquer gato.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Gato Persa; Uma Bola de Pêlo




ORIGEM
A primeira exposição felina realizada no Crystal Palace de Londres transformou-se num acontecimento mundial e atraiu muitas pessoas. Todos acorriam para ver o que era conhecido por “Gato Francês”. As pessoas ficavam extasiadas com a beleza da magnífica pelagem. Num único dia a população londrina ficou rendida a esta raça que rapidamente se transformou na mais popular de todo o mundo. Os europeus do séc. XVI também tiveram a mesma reacção quando os primeiros gatos de pêlo comprido chegaram importados do Médio-Oriente, trazidos por comerciantes viajantes. Eram genericamente designados por “gatos asiáticos” e mais especificamente Persas (do Irão). Tal como hoje, na altura os proprietários encantavam-se pelo seu carácter dócil e pelo pêlo comprido.
Em retrospectiva podemos remontar os ancestrais do Persa pelo menos até ao Gato Pallas, um pequeno felino silvestre com corpo compacto e longa pelagem densa. Visto que este felino vivia numa zona relativamente isolada no Oriente-Médio, o gene recessivo para o pêlo comprido ficou fixo na população local de gatos. O clima agreste dessa região também favoreceu a selecção de gatos com pêlo comprido. O persa do século passado era muito diferente do gato de hoje. Era muito mais esbelto e o pêlo era mais fino e sedoso. O Persa da actualidade é fruto de uma selecção intensiva no sentido de obter gatos cada vez mais compactos, cabeça com perfil redondo e pêlo mais longo e espesso.
O PERSA DA ACTUALIDADE

Com o passar dos anos seleccionaram-se os exemplares com a cabeça mais arredondada, sem planos achatados, com queixo firme e pronunciado. O nariz deve ser o mais curto possível em relação ao crânio. As orelhas devem ser arredondadas e pequeninas. É muito apreciado um espaço entre os olhos (que devem ser redondos e grandes) para dar um ar de doçura ao aspecto geral. Os maxilares devem ser fortes, não se sobrepondo um em relação ao outro. O corpo deve ser compacto, com patas curtas e fortes. Admitem-se praticamente todas as cores, uniformes, bicolores, enfumaçados, tigrados, tartaruga e colourpoint. Numa ninhada de persas podem nascer gatinhos mais ou menos tipados. Ora, o que vem a ser isto? Um gato tipado está conforme o estalão resumido acima. O não tipado tem o focinho mais longo, as orelhas maiores ou pêlo menos denso e tem por isso um valor económico inferior. É possível pais bem tipados (campeões até) produzirem prole não tipada. Por isso ter o gato LOP não garante que você adquira um campeão de beleza. Acrescentamos que os gatos não tipados são mais saudáveis e mais fáceis de cuidar do que os tipados. As gatas persas atingem tardiamente a maturidade sexual e geralmente têm poucos cios por ano. As ninhadas são pouco numerosas (3 a 4 em média). Os gatinhos mais tipados podem ter dificuldade em nascer pela forma redonda da sua cabecinha. Podem também ter dificuldade em mamar, em virtude do focinho ser muito curto. A reprodução desta raça requer muitos cuidados e atenção. Não é raro nascerem de cesariana.
TEMPERAMENTO

Grande parte da popularidade do Persa advém do seu feitio dócil e aparentemente indolente. São animais muito vivos e curiosos durante a sua infância. Ficam substancialmente mais calmos a partir do ano de idade. São portadores de uma voz suave. Não apreciam muito o colo, ao contrário do que possa pensar. Toleram melhor mudanças de ambiente e viagens, do que os gatos de outras raças. Embora raro, poderão haver alguns exemplares tímidos ou agressivos.
CUIDADOS

O persa é de uma maneira geral um gato saudável e robusto. Não é particularmente voraz, mas tem alguma tendência a engordar. Os exemplares mais braquicéfalos (nariz mais curto) têm maior tendência a padecer de enfermidades respiratórias. Os gatos mais tipados lacrimejam muito em virtude do formato dos olhos (procidentes). Isso exige limpeza diária com soluto fisiológico, água morna ou soluto apropriado recomendado pelo veterinário. As orelhas tendem a acumular cerúmen. Se for o caso, quinzenalmente deve limpar os ouvidos com óleo de amêndoas, éter ou líquido apropriado para o efeito. É fundamental que ajude o seu gato na sua higiene diária. Não se esqueça que ele não consegue dar conta de tanto pêlo. As sessões de limpeza devem ser iniciadas em gatinho para que ele se habitue logo cedo. O animal tem de aprender cedo a aceitar isso como parte da sua rotina. Se for gentil para ele, ele vai permitir sem refilar. Se o gato tiver muitos nós, é preferível cortá-los com uma tesoura. Escovar nós é muito doloroso e é uma experiência traumática para o persa, que pode não colaborar na próxima sessão de escovagem... A escovadela diária é fundamental para manter o manto em boas condições. Assim evitamos a formação de nós no pêlo. Use um pente metálico de dentes largos (e escova não vai até à raiz do pêlo) e uma escova cardadeira para o acabamento final. O banho pode ser mensal. Não banhe o gato com nós, senão eles pioram após o banho. Use sempre um bom amaciador após o shampoo. Depois há que secar bem com secador e escovar BEM enquanto seca, evitando formar nós. Senão o pêlo embaraça todo quando secar. Verá que no fim vale bem a pena todo o esforço só para admirar essa linda bola de pêlo que é o Persa.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Alguns Comportamentos Explicados


Os gatos são animais que cativam, independentemente de os donos os perceberem ou não. Mas existem comportamentos que deixam os donos verdadeiramente intrigados, como a marcação das visitas, lavar as patas depois de comer, ouvir música, entre outros.




- Marcar as visitas
Os gatos, dependendo da personalidade, reagem de formar diferentes às visitas. Os mais independentes refugiam-se, os mais sociáveis esfregam-se nas visitas e marcam-nas com as suas glândulas de cheiro.Este comportamento pode ser incomodativo para quem não gosta de gatos e o gato parece perceber quem não gosta e insistir em esfregar-se nessa pessoa. Ao contrário do que pode parecer, o gato insiste em esfregar-se nas pessoas que tentam limpar a sua marca. Geralmente são as pessoas que não gostam de gatos que correm em limpar os pêlos e a saliva. Para o gato, marcar as visitas com o seu cheiro é reclamar que elas lhe pertencem. Se há visitas que resistem, o gato vai ser particularmente insistente com elas.
- Lavar as patas depois de comer

Apesar de não utilizarem as patas para comer, parece que os gatos limpam-nas quando acabam a refeição. Na verdade, os gatos são animais que passam muito tempo a “lavar” o pêlo e apesar de serem animais muito ágeis há partes do corpo às quais não chegam. Por isso, depositam saliva nas patas e usam-nas como panos de limpeza para no focinho, orelhas, nariz, pescoço, zona à volta da boca, etc. Depois de comer, estas zonas ficam sujas de comida e o gato, como animal obcecado pela sua higiene pessoal, trata de imediatamente de se lavar. Apesar de parecer que o gato está a lavar as patas, ele está na realidade a lavar o focinho.
- Espasmos junto à janela

Os gatos parecem ter ataques quando estão à janela. Pequenas contracções dos músculos ou do focinho que surgem apesar de o gato estar bem de saúde. Esta situação acontece sobretudo com gatos que não costumam ir ao exterior. Na verdade, os gatos estão a reagir a algo que está do outro lado do vidro, um pássaro, uma folha a voar, uma pessoa a passar, entre outros. São os instintos de caçador do gato que entram em acção, mas o gato sabe que tem um vidro à frente e por isso acaba por os controlar, na maioria das vezes. Outras, a excitação é tanta que o gato acaba mesmo por avançar contra o vidro.
- Mudar repentinamente de acção

Observar um gato é um entretenimento sem fim. Uma das razões é o facto de, quando estão acordados, os gatos não pararem quietos. Correr de um lado para o outro, parar de repente como se nada tivesse acontecido só para voltar a correr novamente, deitarem-se de costas e levantarem-se de um pulo são só alguns exemplos. Este comportamento do gato são brincadeiras que simulam as técnicas de caça. Na verdade, os gatos estão a praticar não vá ser preciso algum dia caçar uma luz na parede, uma sombra no jardim ou o papel dos embrulhos de natal.
- Ouvir música

Os gatos reagem à música de forma muito particular. Por vezes miam, outras vezes acalmam-se. Os gatos ouvem melhor do que os humanos, embora não captem os sons mais graves. Os gatos ouvem os sons entre as frequências 30 Hertz e 65 Kilohert, enquanto que os humanos captam os sons entre 20 Hertz e 20 Kilohertz. Os gatos parecem relaxar ao som de violinos, mas estudos indicam que a música Rock pode-lhes perturbar o descanso. Cada gato tem os seus gostos musicais, mas existem CD’s especialmente compostos para eles.
- Acordar quando outros se deitam
Os gatos são animais crepusculares, desenhados para ver com pouca luz e para se camuflarem na noite. Apesar de poderem adaptar os seus hábitos aos dos humanos, os gatos são animais mais activos ao nascer e pôr-do-sol. Isto deve-se ao facto de a maior parte dos roedores, a principal fonte de alimento para os gatos, ser também crepuscular ou nocturna.